segunda-feira, setembro 07, 2009

Minha vida sem mim


Mais um daqueles filmes na linha "faça tudo o que queria fazer antes de morrer". Mesmo com as belas atuações da angustiada Sarah Polley, como uma jovem que descobre que vai morrer, e do sempre simpático Mark Ruffalo, "Minha vida sem mim" apela para as emoções de quem corre contra o tempo e resolve fazer tudo o que a rotina ou vida não permitia.
Por que esse tipo de filme faz tanto sucesso? Ou a pergunta correta é "por que não aproveitamos a vida como queremos?".
Por que não dizemos "eu te amo" às pessoas que amamos?
Por que não procuramos quem queremos procurar?
Por que adiamos aquele telefonema para os grandes amigos do passado que nos fazem falta?
Por que falta coragem para tentar encontrar um novo amor? (Ou por que não aceitamos ou percebemos o amor de quem nos ama?)
Por que tantos dizem que a vida é curta e é preciso aproveitá-la mais de boca pra fora, não fazendo nada para inserir vida em seus dias?
Por que a maioria das pessoas aceita horários de trabalho abusivos, chefes ditadores e desrespeitos sucessivos a uma jornada decente e justa de trabalho?
Por que adia-se tanto um sonho, até ele estar morto?
Por que tantos esquecem o melhor de si: seu coração e caráter de quando era criança?
Por que há tanta disposição pra balada e tão pouca para a convivência?
Por que tanto tempo na internet e pouco lá fora?
Por que tanto MSN e raros telefonemas?
Por que não escutamos mais a voz das pessoas que queremos escutar?
Por que não recebemos mais aquela visita surpresa, algo que era tão comum na minha adolescência?
Responda quem for capaz. Ou, melhor que isso, exploda com alguma dessas perguntas, contrariando-a.
Vivendo de verdade.

2 comentários:

  1. Não sei responder a nenhuma dessas perguntas. Mas as faço quase sempre. Talvez esse já seja um começo. Um "despertar" para a vida. Não sei.
    Hoje, estou me sentindo como um muro de concreto, capaz de receber pauladas sem quebrar. Sem me surpreender com nada. Sem esperar nada. De quem quer que seja.
    É como se eu estivesse esgotada, sabe? É como se os valores tivessem se perdido. "Tanto faz, como tanto fez". Me sinto incrédula. E isso é péssimo!
    Talvez seja só a crise do TCC. Ou talvez seja a velha crise de me questionar e questionar tanto o mundo, sem nada fazer por ele. Sei lá. Um dia a gente aprende.
    Um beijo.

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  2. assitirei a esse filme por causa da bela e talentosa Sarah! gostei do seu blog!tenha muito sucesso! Marcos Punch.

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