Amor é saber que
depois do ringue cotidiano, alguém vai colocar ataduras em nossas feridas de
tantas pancadas tomadas. E vai elogiar nosso único soco bem dado. O único golpe
que encaixamos e ela percebeu, valorizou. E ela nos fará acreditar que este
golpe é bom demais, que basta treiná-lo muito, e adicionar alguns outros, que
vamos nos levantar.
Quem nos ama
nos impele a lutar, mesmo todo estourado e só querendo um bom colchão-maca
para deitar e esquecer.
Quem ama de
verdade é igual ao treinador no canto do ringue que não deixa seu lutador
desistir, e o ajuda-cuida-orienta a como sair daquele massacre.
O amor não pode,
porém, estar presente na maioria de nossos combates do dia-a-dia. Mas lembrar
de seu rosto e o quanto acredita na gente é a prece e força que precisamos para
sair das cordas.
Não importa
quantos nocautes sofremos. Importa é lembrar dela, levantar e contra-atacar
feito um Rocky Balboa possuído que mesmo quase não enxergando ou ouvindo mais,
ainda vê imagens embaçadas dela e escuta, como um fósforo riscado na escuridão
silenciosa, a voz dela.
O amor dela. O
nosso amor. A nossa família. A nossa vida, que será sempre, mais forte que qualquer
adversário, mesmo esse peso pesado cruel e poderoso chamado sobrevivência.
Obrigado por me dar forças e por acreditar.
Bora encarar essa dor física e espaço profissional reduzido e lutar sem jamais desistir. Uma hora o jogo vira.
Eye of the tiger na mente e suor. POW!!!!!