segunda-feira, julho 25, 2011

El arte de ser Celeste

No dejen decirles que ustedes son solamente garra. No dejen decirles que ustedes no tienen grandes artistas, del tamaño de otros grandes campeones.
No dejen decirles que esa selección es solamente un equipo bien organizado, donde juegan hombres que están juntos hace mucho tiempo.
No dejen los derrotados y algunos periodistas extrangeros- que no saben ver más allá y más para dentro - intenten disminuir el valor de esa Celeste.

No dejen, porque no es verdad.
La verdad es que no hay hoy, en el Mundo, un delantero tan completo como Luisito Suárez, una tormenta para cualquier defensa adversária, un ilusionista, un inventor de espacios donde no hay, un mágico, un matador implacable frente a frente con los arqueros. En ese grande western que son los partidos de decisión, Suarez es el Clint Eastwood del gol. No duda nunca. Marca. Y, pistolero romántico (¿existe eso en las películas?), tiene el placer de dejar algunos disparos fatales para sus compañeros, como hizo en el último gol. El gol que consagró su amigo y también matador, Diego Forlán.
¿Acuerdante del arte, que empezó ese texto? Forlán es arte puro cada vez que sus piés tocan la pelota. Mirarlo es como volver en el tiempo y revivir aquellos maestros del snooker, que daban sus tacadas con una clase, estilo y fuerza mágicas. Es Forlan también un esgrimista del fútbol, haciendo siempre un gesto casi perfecto de patear la pelota. Como sí fuese un D´Artagnan del balón, no solamente pateas, mata, hace siempre un gran touché!
El destino y la poesía épica que escriben los grandes campeones no podia dejar el mosquetero sin besar las redes en esa Copa América ya mítica. Hicelo dos vezes, porque es um hombre de leyenda, y la leyenda del mayor goleador de la história de La Celeste necesitaba el número 2.
El mismo número, pero en las espaldas, lleva o Gran Capitáin, el General, Ese verdadero Rey Viking. Diego Lugano, El Thor charrúa, un monstruo, el hombre que mira altivo los exércitos enemigos y gritales con todas sus venas: NO PASARÁN! Y, caso lo casi imposible suceda, que Lugano sea derrumbado, los adversários veen El Sucesor del Furioso, veen al también hercúleo, enorme, Sebastián Coates. Solamente pueden desistir y bater en retirada. Pues los defensores uruguayos son como el Obélix de la historieta belga, conocen todo de la arte de resistir. Y tratan a todos como romanos...  (¿Suarez y sus compañeros serian un exército de Asterix???)
Ante un invasor, La Celeste tiene el espírito, el coraje y el arte de las palavras del espartano Leónidas cuando el emissario del rey Dario mandó decirle para bajar las armas, porque Persia tenia tantas flechas que cubriria el Sol. Leónidas, ese grego de alma charrúa, contestó: "Mejor, combatiremos en las sombras".
La resistencia, sin embargo, no es únicamente el arte de Lugano y Coates. Es también el poder de quitar la pelota, es el poder de anticiparse. ¿Quién es mayor, hoy, que Arévolo Ríos, en esa tarea de bravos? ¿No es arte lo que hice en el segundo gol de Uruguay, robando y después regalando su amigo Forlán???
¿No es arte la capacidad de los Pereiras de crear ataques peligrosos en las esquinas del campo?
¿No es arte esa gana de dar el sangre por una simple recuperación de la pelota, como aquella increíble carrera de Ruso para no dejar la pelota salir?
¿No es arte, enseñanza de la vida para el fútbol y para todos, el hecho de que eses jugadores celestes son también amigos, más que eso, compañeros?
¿No son arte las sonrisas del fondo del alma y los abrazos de hermanos que eses jugadores ofrecen para cada uno que viste ese manto celeste?
¿No es arte la emoción de niños que eses hombres demostran en cada partido, en cada gol?
¿No es arte, una verdadera pedagogia del fútbol más humano y bello, lo que enseña el padre de todo eso, el Maestro Óscar Tabarez?
¿No es arte todo ese proyecto que Tábarez empezó seis años atrás?
A los pobres de espírito que no veen más que la eterna vieja charrúa (si, colosal!) en ese Uruguay, no comprenderan nada. Tal vez porque, como enseñó el viejo maestro (Jackie Chan) de la película Karate Kid al hijo de Will Smith, no saben que “no basta ver, hay que sentir”.

Hay que sentir el fútbol - en la piel, en el corazón y en el alma – para aprender todas las lecciones grandiosas de los hombres de Tabárez.
Hay que amar, el fútbol y la vida, para aprovechar las maravillhosas jornadas de esa Celeste, tal vez la más bella campeona de la história de la Copa América.
La más bella porque la más humana.
Porque hecha de jugadores que son hombres nobles y apasionados.
Hombres solidários, que juegan por todo un país.
Gracias por todo eso! (y perdonánme por ese castellano lleno de errores de un brasileño).

"Aunque no sea Uruguay
Me emociona ese país de corazón 
Amo el fútbol de los charrúas
Su Equipo que me deja feliz 
Porque pelea con el alma 
Pelea sin temor 
Porque pelea por el País 
y lo hace con amor"  
(Versos de José Eduardo de Oliveira Costa, 76 años, mi papá)

PS - ?No es arte el gol más bonito de toda esa Copa América, el último gol de Uuguay???

quinta-feira, julho 21, 2011

Um surfista de coração

Num meio tão individualista como o surf e, sim, tão alienado (surfar é tão viciante que a maioria dos surfistas não aproveita para conhecer os lugares e povos que visitam), é bacana perceber que existem alguns caras diferentes como o australiano Joel Parkinson. Há anos ele ajuda financeiramente uma senhora sul-africana que conheceu quando ela cuidava da casa onde ele se hospedava em Jeffreys Bay, África do Sul. A senhora limpava a casa, fazia as refeições e, muito mais que isso, oferecia um carinho e uma alegria gratuita com que os australianos que lá se hospedavam não estavam acostumados.
Um dia Thelma, nome da senhora, foi violentamente ferida em um assalto, e ficou impossibilitada de trabalhar. O que fez Joel, lá em 2003? Começou a depositar dinheiro na conta dela para que mantivesse uma vida digna para sua família na favela em que vive a 10 km das ondas perfeitas de Jeffreys Bay. Um lugar chamado Oceanview, mas que não tem vista para o mar.
Além da nobreza do gesto e atitude, as palavras de Joel, explicando a razão de ajudar essa senhora há tantos anos, merecem uma reflexão de todos nós:
"Eu tenho muitos amigos que ajudo mas você não recebe um obrigado, um sorriso enorme, um abraço ou um beijo deles (as). Com ela, você sente como se desse um pouquinho e ela sente como se recebesse o mundo. O rosto dela ilumina mais que qualquer coisa que você possa imaginar e faz tudo valer a pena”, revelou Joel na reportagem do site surfline.com.
Num mundo em que poucos agradecem a ajuda, força ou conselho que recebem em algum momento importante de suas vidas, Joel e Thelma são exemplos raros.
Joel já era um dos surfistas que eu mais admirava fora d´água pela temporada em que deixou de competir em 2 eventos importantes porque sua esposa estava perto de dar à luz. E isso ele fez numa temporada em que era o líder do ranking. Abdicou da chance de vencer o mundial porque queria apoiar a esposa, o amor de sua vida.
Amor parece ser algo mesmo grande demais no peito de Joel Parkinson, um surfista e homem fora de série.
* Mais detalhes desta história no link da Surfline

quarta-feira, julho 20, 2011

A crise moral do esporte brasileiro

A vergonhosa participação da seleção brasileira na Copa América passa, muito, pela crise moral que o futebol e várias modalidades atravessam no Brasil. A crise começa no visual, com muito jogador se preocupando demais com o corte novo no cabelinho, a roupinha descolada e até o headphone mais vistoso e potente. Há também muita brincadeirinha, tiração de sarro e trotes bobos na seleção. Coisa normal, da “alegria” do jogador brasileiro? Ontem o goleiro Julio César revelou que temia pelo desempenho brasileiro nos pênaltis porque ele sabia do fraco aproveitamento nas cobranças dos seus companheiros nos treinos. Treinos de pênaltis que eram mais brincadeiras do que ensaios sérios. Treinos que Mano Menezes nem acompanhava.
O visual é um elemento banal, menor, mas já demonstra uma excessiva vaidade individual. Que Neymar use aquele moicano ridículo, vá lá porque ele se garantiu no Santos ganhando tudo assim (não na seleção...). Quando Daniel Alves imitou o penteado, deu no que deu...
Pior é a falta de uma equipe e espírito de grupo, claríssima na seleção do grupo dos veteranos liderados por Lúcio e no dos moleques, liderados por Neymar e apadrinhados pelo veterano que nunca amadureceu, Robinho. Mas não me venham falar no grupo unido do Dunga, porque grupo unido em torno de uma ideia e estilo imbecil (o tal futebol guerreiro que resultou em aberrações como Felipe Mello), não vale.
Cada vez mais nítida também a postura blasé, fria, com que os jogadores vestem a camisa da seleção. Em campo, a postura blasé vira aliada do individualismo de quererem decidir os jogos sozinhos. E voltando a respeito, eles só demonstram isso por quem lhes pagam fortunas, os seus clubes. Uhn, respeito em termos, porque é um tal de jogador quebrar contrato e fazer chantagem pra ser liberado para outros clubes... Grande parte dos jogadores de ponta brasileiros só pensam em grana, em salários maiores. Mesmo um ídolo amado de uma torcida, Kléber, anda fazendo de tudo para ir para o Flamengo. Amor da torcida? Ele não tá nem aí pra vocês, palmeirenses.
Claro que a culpa não é só dos jogadores. Há também os empresários inescrupulosos que assediam e compram os direitos dos atletas desde que são garotos. Há os dirigentes dos clubes, que não estão nem aí em acompanhar os estudos dos meninos das categorias de base. Todos só querem faturar em cima dos garotos. E não estão nem aí quando 99% deles não dão certo na bola e, como não estudaram, vão se ferrar na vida.
Há também a culpa da mídia, que exalta qualquer um com um pouquinho mais de talento, massageando o ego vazio de nossos jogadores sem a mínima formação educacional e moral.
O mais triste é que o problema não fica só no futebol. O descaso com a formação dos atletas como homens existe até no “tão organizado” vôlei, em que os melhores do país passam longas temporadas concentrados no CT de Saquarema, e a escola que se dane.
E esse desrespeito acontece em várias modalidades. Tenho um grande aluno, cabeça boa, sério, dedicado, grande coração, que simplesmente quase não esteve em sala de aula no primeiro semestre inteiro. Ou estava concentrado com a seleção, em outra cidade, ou estava disputando competições no exterior. Óbvio que os dirigentes do seu esporte não está nem aí para a formação dele num ano-chave, o último do colegial, às portas do vestibular e da escolha de uma carreira. Só querem saber das conquistas do garoto, que vem trazendo grandes resultados ao país. Planejamento da Confederação e organização para respeitar o período letivo do garoto? Zero. Qual o preço que o menino pagará, no futuro, por seu empenho no esporte?
Basquete? Talvez o caso mais claro de falta de respeito com seu país. Os mais badalados atletas brasileiros simplesmente se recusam, seguidamente, a vestirem a camisa da seleção, como fazem Leandrinho e Nenê. E ainda dão desculpas esfarrapadas para não defenderem o Brasil. Gozado que o MVP das finais da NBA, onde os brasileiros jogam (pouco, são reservas de luxo...), o alemão Dirk Nowitiki, nunca deixou de atender a uma convocação da seleção alemã. E disse uma vez que, se for preciso, ele mesmo pagaria o seguro exigido por seu clube na NBA.
Mais da crise moral? Mesmo os diferenciados jogadores de vôlei da seleção, dos quais realmente podemos sentir a paixão e orgulho com que defendem a amarelinha, mancharam suas carreiras belíssimas com aquela vergonhosa partida entregada ordenada por Bernardinho no Mundial do ano passado.
Natação? Sim, Cielo está ainda se defendendo da acusação de doping na China, mas o fato é que, neste século, adivinhem qual o país que teve mais atletas flagrados no exame anti-doping de natação em todo o mundo? Sim, Brasil.
O mesmo doping que fez um verdadeiro arrastão em muitos grandes nomes do atletismo brasileiro no ano passado, incluindo um dos mais renomados treinadores de nossa história.
Até no vôlei de praia somos pêgos agora, como ocorreu com Pedro Sohlberg, flagrado por tomar esteróides. Imagino o desgosto de sua mãe, a grande Isabel, uma das mais valentes e íntegras atletas de nossa história, uma das responsáveis por o Brasil ser hoje uma potência no vôlei feminino.
Tudo isso para dizer que há um descaso muito grande na formação dos atletas brasileiros hoje que resulta em cabeças vazias e individualistas e um vale tudo por resultados (doping, entregadas etc).
Como resolver isso? O pequeno e vizinho Uruguai dá a receita, com seu belíssimo projeto implantado por Oscar Tabarez no futebol, em que os jogadores das seleções de base estudam e são acompanhados por profissionais de várias áreas. Os frutos estão aí, com a Celeste brilhando na equipe adulta e no sub-17 (vice-mundial) e sub-20.
O problema é que basta olhar para o presidente do órgão esportivo mais poderoso do país, Ricardo Teixeira e sua CBF (sua porque ele faz dela o que bem entende) para imaginar ele refletindo sobre a formação do jogador brasileiro. Com sua linguagem chula típica (leiam a chocante, debochada e nojenta entrevista dele na revista Piauí deste mês) ele deve pensar, “que se f...”.
Pensando nas outras modalidades, o poderoso Nuzman e seu milionário Comitê Olímpico Brasileiro (sim, seu...) só trabalha pelo esporte de alto rendimento. Joga a responsabilidade do trabalho de base para o governo e para os clubes (como, se estes, com raras exceções como um Pinheiros, um Minas Tênis, só pensam no futebol?).
O futuro é negro.
PS – A razão das fotos que ilustram esse post? Reparem no uniforme sóbrio, respeitoso e padrão dos uruguaios e pensem na seleção brasileira... Ah, e eles preferem a companhia de um mate (que compartilham) que de aparelhinhos, celulares etc. A outra foto é do jovem Denílson, que volta ao São Paulo depois de anos na Europa e não se dá o trabalho de tirar o bonezinho e o óculos-escuro para posar com a bandeira do clube.
Nunca vi Raí, maior jogador da história do São Paulo, de boné ou óculos-escuro.

domingo, julho 17, 2011

Uruguay, el Pueblo del más allá

Hay algo mayor que la inmensa garra charrúa para intentar explicar lo que hice Uruguay contra Argentina.
Hay algo más grande que el corazón y liderazgo de front de guerra de Lugano.
Hay algo mayor que la valentía y entrega de sus compañeros defensores: como explicar que cualquier uno que entre en este sector juegue con la misma eficácia, como hice ese enorme Scoti ayer?
Hay algo más allá de la bravura, sangre, fortaleza mental y genuíno amor a la Pátria en eses jugadores (algo tan raro en otras selecciones y sus estrellas que no dejan la vida por una camiseta y pueblo).
Hay algo más profundo que la multiplicación de Arévolo, con su voluntad-poder de asfixiar los más talentosos jugadores adversários, de quién aún les roba la pelota con lealtad.
Hay algo más que los pulmones de los Pereiras y la claridad que consiguen sacar mismo en las zonas más peligrosas de su campo.
Hay algo más que esa técnica de artesano al pegar la pelota con arte, fuerza y pasión; y la humildad de una estrella que corre y juega por todos, Forlán.
Hay algo más que las gambetas, velocidad y las invenciones de espacios donde parecen no existir, del mago indomable, Luisito Suárez, que juega como un niño libre de los potreros.
Ese algo más que puede ser traducido, talvez, en lo heróe más determinante, Muslera. Más que su elasticidad, vuelos y atrapadas espectaculares, más que su seguranza y confianza que presentó ayer, Muslera reveló, en uno de sus milagros, el secreto de Uruguay: ocurrió en aquella pelota que explotó en su rostro. Allí, en su coraje, entrega y cuerpo desnudo (sólo un arquero-hombre sin miedo no esconde la face frente el ataque del inimigo) desnudóse la pureza del héroe, la pureza de su selección: ese Uruguay de tantos heróes es puro como aquel más allá que nos hace sermos mayores que simples cuerpos y corazones.
Un más allá llamado alma.
Hablase mucho de alma. Es algo invisible, intocable. No en ese selecionado donde podemor ver el alma en muchos gestos y acciones de sus jogadores. No en eses jogadores que ponen todo en cada jugada. No en eses hombres que transcienden el próprio concepto, origen y sentido de la garra charrúa.
La garra de Muslera, Lugano, Cáceres, Arévolo, Forlán, Suárez y cada uno de sus compañeros (realmente compañeros, que se quieren, que ayudan) es alma.
Alma blanca, pura, como la de los niños uruguayos cada vez más apasionados por un balón, un campito y ese deporte (sí, mucho más...) que eses hombres formidables de la Celeste están transformando en uno de los productos más valiosos, de nuevo, de Uruguay.
Producto? Que lástima, mis amigos, perdónanme por utilizar una palabra tan materialista, tan distinta de eses Hombres (mucho más que jugadores) que hacen todo, menos vender algo.
Los uruguayos no venden fútbol, ellos dan, oferecen, entregánse, ponen sus vidas en las partidas en que llevan el manto de la Pátria (sí, más que eso, el manto del Pueblo).
Con Alma.
Es por eso que mi Papá, maestro jubilado y poeta, casi 80 años, no si fue a dormir como de costumbre, temprano en la noche, ayer. “Su Papá no fue dormir aún?”, extranó mi Mamá. El viejo, que hace muchos años no se interesa mucho en ver su Brasil jugar (siente falta de amor verdadero en los canarinhos) contestó listo. “Por supuesto que no, hoy juega Uruguay”.
Para un poeta y maestro como mi padre, en un mundo cada vez más distante de la poesía, de los buenos valores y del amor verdadero, ver Lugano, Forlán y cia. es como vuelver a creer que sí, la poesía aún vive.
La poesía, que necesita, siempre, del amor y del alma. De otra forma, no es poesía.

Amor y alma. La Celeste. Ayer de Blanco, como los sueños y actitudes de los niños y hombres buenos.
Como la postura, las creencias y la dignidad de ese Maestro del fútbol y de la vida, Óscar Tabárez.
Como el alma de ese país pequeño pero tan apasionado, luchador y caloroso.
Gracias, de nuevo, por su juego épico, Celeste Blanca.