quinta-feira, novembro 11, 2010

Exemplares na quadra e caráter


Ah se todos os grandes atletas brasileiros fossem assim. Na madrugada de terça pra quarta, acordei para vê-las. Acabei capotando, mas acordei a tempo de vê-las dando entrevistas ao final da bela vitória contra as americanas. Quando Jaqueline surgiu, o repórter perguntou como se sentia ao ter se destacado tanto no ataque, o que não é comum já que Jaque faz mais funções defensivas e técnicas (tem o melhor passe da seleção e defende como poucas). Jaque, mesmo sendo a maior pontuadora da partida, respondeu: “Sou mais uma coadjuvante mesmo, jogo para a equipe, mas é bacana quando faço muitos pontos”.
Sim, essa formidável Jaqueline, jogadora completa (poucas no mundo defendem e atacam tão bem, e são tão técnicas), preferiu assumir sua condição de carregadora de piano do que aproveitar os louros de seus 18 pontos em partida tão dura contra as vice-campeãs olímpicas. Fiquei imaginando se algum grande nome do nosso futebol teria a humildade de mostrar a mesma opinião.
Pouco depois, outra que fez belíssima partida, a meio de rede Thaísa, começou a chorar quando a TV a colocou em contato, direto do Japão, com seus pais, que estavam no Brasil. Lembrei dos idiotas que criticavam a sensibilidade de nossas meninas do vôlei antes delas se consagrarem campeãs olímpicas em Pequim e calarem a boca dos que as acusavam de sensíveis demais.
Bela e bem-vinda, até exemplar para as crianças e jovens que dão seus primeiros passos no esporte, é o coração sensível, de quem sente demais, de nossas meninas do vôlei.
Sábado cedinho, 7 horas, tem mais. Hora da semifinal contra o Japão. E domingo, a grande final.
PS – Bem diferente do super vencedor mas histérico Bernardinho, como é bom admirar a calma e broncas nas horas certas desse excepcional treinador e ser humano, Zé Roberto Guimarães.
 
 

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