quinta-feira, julho 23, 2009

Amigo


Amigo é isso.
O resto participa de alguns momentos importantes e depois some no egoísmo dessas vidas individualistas e na crueldade do tempo.
O resto é colega, mero conhecido.
Amigo é outra coisa.
Amigo - de fé, do peito, irmão camarada - é o que esses caras transmitiram, sem vergonha de fazê-lo, para um país inteiro.
Sem vergonha de demonstrarem um pro outro a emoção que é sentir afeto profundo pelo grande amigo há tanto tempo. E para sempre.
Podem falar o que quiserem do Rei, taxarem-o de brega, paranóico e podem falar que Erasmo é apenas um velho roqueiro fora de moda.
Tristes tempos em que as pessoas, cada vez mais frias, céticas ou se achando modernas, não se emocionam com um troço cabuloso desse.
Só sei que, deitado na cama, vendo o show em uma TV pequenina, em uma cidadezinha escondida nos fundões de Goiás, tive que engolir em seco, evitando as lágrimas.
Na verdade, elas chegaram, sim, dentro do peito, lembrando dos poucos mas verdadeiros Amigos que tenho.
Amigos com o sentido dessa canção, a mais bela sobre amizade da história. Obra de Roberto e Erasmo.
Como é possível não gostar desses versos e da emoção sincera desses caras? E me diga, quem a critica: alguém já viu uma dupla mais que famosa chorando no meio de um show, como aconteceu com esses dois?!
Amigos de verdade sabem o valor e afeto de um palavrão numa hora dessas, por isso lá vai um sincero PUTA QUE PARIU!, como esses caras podem seguir emocionando a gente depois de tanto tempo?!
PS - Esperem lá pelos 4 minutos e 20 desse vídeo, quando Erasmo entra no palco e eles começam a cantar juntos.

2 comentários:

  1. Declaração de amor é pouco. Não vi ao vivo, mas me emocionei com a entrevista dele no Fantástico.

    A parte mais bonita é quando a Patrícia Poeta pergunta: "Se a sua vida fosse uma música, que música seria essa?"

    A resposta não poderia ser outra: "...Como é grande o meu amor por você".

    Brega?! É sim, bem brega, bem meloso, bem romântico e fora de moda.

    Eu já tive vergonha de dizer que gostava dele. Hoje vejo que ele é um dos maiores compositores românticos que temos no Brasil. Porque ninguém soube traduzir tão bem o amor, a amizade e a simplicidade na letra de uma canção, como faz Roberto Carlos.

    Rei? Sinceramente, não gosto desse título. Nem ele. Prefiro dizer como a Patrícia: "você é o cara!".

    Depois dá uma olhada no vídeo da entrevista, Zé.

    http://www.youtube.com/watch?v=G3t61nh9gs0

    Beeijo!

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  2. Tudo o que vc disse é pura verdade!
    Que bom foi ver alguém jovem se emocionando tb com o "rei"e sua sinceridade. Maravilhoso o encontro dos dois amigos. Vi pela TV o shoW só até meia noite, perdi o fim!

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