terça-feira, setembro 06, 2005


Não há vida sem esporte
Como alguém pode viver sem marcar um gol, uma cesta; sem botar a bola no chão, sem acertar uma paralela sem dó, sem dar aquelas últimas e decisivas remadas, sem dar um drible ou aquele passe com efeito, sem levantar um supino deitado, sem dar algumas braçadas esquecendo do mundo, sem dar um ippon derrubador, sem pegar uma onda?
Sem sorrir, sem gritar de alegria ou para pedir a bola pro companheiro, sem dizer um sincero “boa!” para o parceiro de duplas, sem socar o ar numa comemoração de ponto, golpe, gol ou vitória, sem bater no peito, sem fazer aquela cara de fúria feliz?
Sem ser fintado, dominado, batido, vencido, e querer feito um louco dar a volta por cima?
Sem se matar numa quadra, campo, raia, tatame, pista, dando tudo de si e mais um pouco, porque ama demais a sua modalidade?
Sem jogar ou malhar por puro prazer, arte ou necessidade vinda do fundo da alma?
Sem chorar de dor com a derrota que protagonizou ou que assistiu, na também sempre dura derrota de seu amigo, time de coração ou seleção?
Sem celebrar a vitória com festas e outras coisas homéricas?
Sem pegar aquela camisa, aquele agasalho e aquela bandeira e ostentá-la com um orgulho e alegria tão bonitas e sinceras?
Sem torcer como se fosse você por aquele atleta ou grupo que admira tanto, mesmo se for um atleta de judô Azerbaijão ou a seleção de futebol de Honduras?
Sem admirar a beleza dos atletas, as Sharapovas, as Isinbayevas, as Fabianas, as Carolinas, as... e tá, meninas, os Gibas, os Giovanes, os Maldinis, os Flávios, os...
Sem se inspirar com a força, determinação e outra lista sem fim de valores e lições que os atletas carregam com tanta verdade, com tanta história no peito e carreira?
Sem sentir a maior alegria do mundo ao ver uma simples partida ou evento pela TV?
Sem chorar como se o mundo fosse acabar porque seu ídolo perdeu?
Desconheço o que é a vida sem algum tipo de envolvimento com o esporte.
Deve ser muito sem graça.
Deve deixar um grande vazio.
Deve perturbar demais o corpo, a cabeça e a alma.
Porque, parodiando Rico ao falar do surfe, o esporte, antes de tudo, é tudo. Poucas coisas nos preenchem tanto. Talvez a música faça o mesmo, talvez...
Bom treino para todos!
* Esse blog pretende discutir, pensar, sentir e imaginar o esporte. Espero colaborações de vocês, leitores, para compartilhar suas experiências, paixões, ídolos e tudo o mais relacionado às modalidades olímpicas. Enviem seus depoimentos para mim por email e deixem seus comentários.

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