sexta-feira, junho 18, 2010

A maldição do goleiro

Sim, torcia pelo Uruguai, dos nossos simpáticos vizinhos ao Sul, do Lugano que foi líder e monstro de meu time, desse excepcional Diego Forlán, desse grande treinador, Oscar Tabárez, que de tão respeitado e querido em seu país é tratado pelos jornalistas do Uruguai, antes de qualquer pergunta como Maestro. Mas o coração apertou ao ver o choro inconsolável do goleiro da África do Sul, ao ser expulso por cometer pênalti. E eu nem sabia ainda que a jogada tinha sido irregular (impedimento). Sim, o Uruguai venceria bem de qualquer forma com sua defesa impenetrável e a inteligente estratégia de Tabárez de recuar o atacante Forlán, tornando-o um armador e último homem de meio, para servir os dois atacantes (Suarez e o homem a mais que o Uruguai agora tem na frente, Cavani) e ele mesmo, Forlán, chegar de surpresa e fazer gols. Mas a dor do goleiro e de toda a África do Sul pegou fundo. Nem minha velha mãe resistiu, e deu pra ver de longe seus olhos azuis encharcando-se pela tristeza que sempre é ver um time mais fraco -  mas com muito brio, e ainda defendendo um país, um continente e uma história de dor do aparthied - cair dessa forma. Cair como caiu seu grande goleiro.
A Copa ficará mais triste e menos bela se a África do Sul, como tudo indica, for eliminada logo na 1a. fase. E seu goleiro jamais esquecerá a dor que sentiu neste jogo, contra um Uruguai forte que vai longe, podem apostar.
* Mais sobre a Copa no meu blog de futebol, o Catedral da Bola

Um comentário: