domingo, outubro 18, 2009

Craque é isso


Hernanes e Diego Souza nunca foram craques como a mídia que cobre o Brasileirão ou seus empresários tentam vender. O primeiro, após um ou dois jogos depois de voltar de contusão, voltou a ser o mesmo jogador que joga muito menos do que acha. Ontem, contra o Atlético, não acertou uma jogada sequer e passou a partida toda com aquele irritante e inútil efeito que tenta dar em todas as bolas, mesmo quando o passe é para o cara ao seu lado. Parece uma bailarina, sem a garra das bailarinas...
Diego Souza vinha, sim, fazendo um belo campeonato, mas é outro que pensa ser muito mais do que é. Seu forte são os chutes, a garra e a eficiência, mas quando precisa inventar espaços ou driblar, não consegue. Quando o jogo pede um craque, ele não corresponde, pois não tem capacidade para isso. Por isso, não fez nada hoje contra o Flamengo, aliás, essa é outra característica sua, a irregularidade e os jogos em que desaparece.
O único craque do Brasileirão tem 37 anos e lidera o surpreendente Flamengo. Petkovic fez um golaço hoje. Mesmo sem velocidade, seu domínio de bola, habilidade e técnica são tão grandes ele invadiu a área do Palmeiras parecendo voar. Não estava, mas como é craque, penetrou na área, driblou e chutou rapidamente para fazer 1 a 0. Quem voa com Pet é apenas a bola... E como ela voou, cheia de veneno, no gol olímpico que Pet aprontou em cima de terrível falha da zaga verde e não de Marcos.
Falando em falha, ela surgiu também no Morumbi, ontem, quando o falso craque da zaga, Miranda, foi iludido por Diego Tardelli, logo a um minuto de jogo e deu uma voadora no excepcional atacante do Atlético. Falta que originou o gol do próprio Tardelli, em nova falha de Miranda!, e isso a um minuto de jogo! E Tardelli, que joga mais que todos os atacantes do São Paulo juntos, podia ter feito outros. Talvez tenha ficado com dó do time que o vendeu a preço de banana (1 milhão...). Santa estupidez: vender um jovem talento (rebelde, mas craque!) e ainda pedir tão pouco.
Falando em estupidez, Ricardo Gomes ouviu os pedidos da lamentável torcida sãopaulina e trocou no intervalo o grosso, mas valente Washington (que tinha chutado uma na trave e criado e perdido outras chances) pelo indolente, covarde e inútil Borges. Ele mesmo, o Borges que se esconde sempre entre os zagueiros adversários, para fugir do pau e da missão de jogar futebol, coisa que ele simplesmente não sabe fazer.
Que inveja do Flamengo e seu craque! Que inveja do futebol moderno de Tardelli!
Acorda, São Paulo, a Libertadores logo virará sonho enquanto Borges continuar a ter mais chances que o Grosso que não pipoca. Enquanto Miranda continuar a achar que é o Beckenbauer. Enquanto Rick continuar a semear seu jogo cheio de passes errados bisonhos. Enquanto Hernanes se achar Falcão, o que não é nem em sonho. Tá mais, com a sua filosofia ridícula (só o idiota do Globo Esporte pra dar moral pras besteiras que o Hernanes fala) para personagem de comédia de mau gosto.
Jason is dead. E perdão, Jason, sei que é um desrespeito tentar assustar alguém com um morto enterrado de costas como o Borges.

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