segunda-feira, outubro 10, 2011

layla - eric clapton


Os primeiros acordes da guitarra são nervosos, urgentes, logo ficam mais agudos e acelerados, viram grito, uma declaração desesperada. O guitarrista começa a cantar então, dá seu recado, e logo chama, clama por ela, Layyyyyla!, diz que está aos pés dela, “Layla, you´ve got me on my knees”, as palavras são de um homem atormentado que, enlouquecido, se apaixonou pela mulher de um grande amigo
Poucas canções foram tão corajosas na história do rock, um homem arriscando tudo por amor e ainda com a coragem de gravar isso e, mais ainda, cantar para o mundo seu amor como uma serenata cósmica para todo o universo escutar, sim, todo o universo, pois que planetas não escutam a paixão estratosférica daquele que já foi chamado de deus da guitarra?
Voltemos à canção, e em sua belíssima parte final o grito dá lugar ao sussurro na poesia de um piano que é olho nos olhos, súplica doce pedindo, sem falar, por ela; e quando o piano cresce em intensidade, o deus solitário segue rasgando sua guitarra e dissecando seu coração sem medo. Podemos sentir Clapton tentando mostrar tudo o que poderiam ter juntos. Poucos acordes, riffs e solos foram criados com esta paixão genuína das cordas e teclas que buscam o amor proibido.
Deu certo. Layla, na verdade Patty Boyd, deixou George Harrison para ficar com Clapton.
Se o amor não durou – eram os anos mais loucos dele, no auge da dependência do álcool e drogas, e Patty-Layla não suportou - a canção é eterna.
O grito, Layyyyyla!, segue inspirando os apaixonados que não temem nada na hora de lutar pelo amor de suas vidas.

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