Sim, mais do que a tão bela e revigorante quanto triste sina de Benjamim; mais do que a batalha contra o tempo, mesmo se o amor entre os amantes um dia se perder (ele fica mais jovem, ela envelhece), mesmo assim o amor prevalecerá.
Esta talvez a grande lição desse filme magnífico:
mais importante que tocar o piano da vida é sentir a melodia de cada tecla que passa por nós. E, se tivermos a graça de encontrar aquela canção-metade que nos completa, devemos ter a coragem de jamais parar de tocá-la, cantá-la, senti-la.

Só assim poderemos partir sendo amados até nosso último suspiro (ou primeiro, para Benjamin). Só assim poderemos ser dignos até o fim. Dignos como os velhinhos e velhinhas que ajudaram a valente mãe adotiva de Benjamim a cuidar dele anos e anos no asilo em que foi abandonado. Aí outra das lições do filme: o carinho, sabedoria e ausência de preconceitos dos velhinhos. Tão descartados por nossa sociedade e mundo baseados na juventude, competição e lucro, são os idosos e sua capacidade de enxergar além das aparências que propiciam um crescimento saudável para aquele menino que nasceu horrivelmente velho para seu pai.
Não percam essa aula de vida. Não percam um formidável Brad Pitt e uma ainda melhor Cate Blanchet, uma atriz e mulher à altura de seu papel e missão: amar do início até o fim. Amar o estranho e o belo. Amar lá dentro.
Quantos conseguem amar dentro?
Quantos entenderam o recado de Peter Troy, o sábio viajante e surfista (nessa ordem) falecido há pouco? Esse australiano que amava o Rio e o Brasil, um dia disse que
surfar é apenas uma parte, um mero acorde, da música maior que vai muito além das ondas.A música que Benjamin, um homem de trajetória extraordinária mas vida simples, sempre procurou e tentou tocar com a paixão que aprendeu com uma simples e maravilhosa professora de piano.
Ae Careca, finalmente assistiu esse!! Um belo conto transformado em um ótimo filme!! E assiste tb o "Slumdog Millionaire" que vai estrea por aqui em março (não sei como será a tradução do título, esse eu baixei e assiti). Muito bom também!!
ResponderExcluirAbraço Zé!
Ah, já lhe contei que fui atingido por um raio sete vezes!?
Zé, muito bom o texto, só tu mesmo pra extrair essa essência de um filme do nível desse aí.
ResponderExcluirAbração, valeu o drop lá no blog!
Gustavo
Ótima indicacao, zé. Aqui chegou soh na semana passada, mas chegou. Ainda estou digerindo a trama... simplesmente incrivel. E seu texto arremata.
ResponderExcluirUm bjo gde!
Fala professor. Muito bom o filme e muito bom o texto. Eu não tinha visto o filme por esse ponto de vista.
ResponderExcluirMuito legal seu blog. Só ainda não assisti "o lutador" para poder comentar.
Abraços
:]